terça-feira, 28 de setembro de 2010

Fases 3 e 4 da Elaboraçao de um Projecto de Animação

Para se ser bom animador, não é suficiente só se ter boas intenções. É necessário ter capacidades, conhecimentos, métodos, técnicas, procedimentos de acção, etc. para agir eficazmente numa acção social. Tudo em prol da transferência de tecnologias sociais, que permitam atribuir capacidades para a animação.
Após o reconhecimento dos grupos envolvidos, será atribuída uma “abertura” a cursos, seminários, como base para a organização de actividades de animação, como também, programas de formação que irão ao encontro de um grupo restrito que esteja motivado e interessado nesse sentido.
A animação sociocultural pressupõe, essencialmente, a capacidade dos sujeitos envolvidos, logo, o conhecimento de técnicas instrumentais e a compreensão da realidade. Este domínio de técnicas instrumentais é fulcral para uma actividade sociocultural autónoma, de acordo com as necessidades vigentes. No seu conjunto são cerca de seis técnicas, são elas: técnicas de trabalho com grupos, de comunicação social, de comunicação oral, de estudo e conhecimento da realidade, de programas de actividades, de organização e administração.
É de sublinhar que, apesar da importância das técnicas, para que um animador possa animar, é indispensável um conhecimento profundo das ciências humanas, do seio cultural e uma certa sensibilidade de captação à realidade envolvente
Em suma, um bom animador deve conhecer a sociedade e realidade em que vive, pois assim, saberá interpretar essa mesma sociedade para alcançar a sua liberdade. Portanto, quem não sabe é como quem não vê, ou seja, vive cego pela ignorância, face aos problemas existentes na comunidade.

Antes de mais é necessário ter em conta que não é possível sensibilizar, motivar, consciencializar ou mobilizar, sem que primeiro se passe para a prática, para a acção. Todos os animadores socioculturais devem ter em atenção que são estes momento que devem conduzir a realização das actividades, e que um princípio básico da animação é que se “aprende fazendo”.
Assim, quando se leva a cabo a tarefa de promover, organizar e desenrolar actividades socioculturais, há que ter em atenção quatro aspectos básicos:

•Deve-se partir de problemas e situações nas quais as pessoas se encontram, ou seja, é necessário ter um contacto directo com a realidade em que se trabalha.

•É necessário articular estes programas de animação com organizações de base, com o objectivo de fazer com que as propostas que se fazem tenham em conta particularmente os interesses e o ponto de vista das mesmas.

•Não se deve propor nunca programas já formulados, ou programas standard. As actividades de suporte a um programa são muito variadas. Para cada realidade, para cada circunstância e para cada grupo em concreto é necessário elaborar propostas específicas.

•É necessário também ter em conta a multiplicidades de iniciativas e de instituições que promovem e realizam actividades nos âmbitos sociais, culturais e educativos.

Referências Bibliograficas:
Ander-Egg, (2000). Tareas iniciales para llevar a cabo un programa, proyecto o actividades de animación. In Ander-Egg. Metodologia y Práctica de la Animación Sociocultural. Madrid: Editorial CCS. 296-308

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