segunda-feira, 22 de novembro de 2010

Direitos dos Idosos

Principios das Nações Unidas para o Idoso
Resolução 46/91 - Aprovada na Assembleia Geral das Nações Unidas 16/12/1991


Independência:
- Ter acesso à alimentação, à água, à habitação, ao vestuário, à saúde, a apoio familiar e comunitário.
- Ter oportunidade de trabalhar ou ter acesso a outras formas de geração de rendimentos.
- Poder determinar em que momento se deve afastar do mercado de trabalho.
- Ter acesso à educação permanente e a programas de qualificação e requalificação profissional.
- Poder viver em ambientes seguros adaptáveis à sua preferência pessoal, que sejam passíveis de mudanças.
- Poder viver em sua casa pelo tempo que for viável.

Participação:
- Permanecer integrado na sociedade, participar activamente na formulação e implementação de políticas que afectam directamente o seu bem-estar e transmitir aos mais jovens conhecimentos e habilidades.
- Aproveitar as oportunidades para prestar serviços à comunidade, trabalhando como voluntário, de acordo com seus interesses e capacidades
- Poder formar movimentos ou associações de idosos.

Assistência:-
Beneficiar da assistência e protecção da família e da comunidade, de acordo com os seus valores culturais.
- Ter acesso à assistência médica para manter ou adquirir o bem-estar físico, mental e emocional, prevenindo a incidência de doenças.
- Ter acesso a meios apropriados de atenção institucional que lhe proporcionem protecção, reabilitação, estimulação mental e desenvolvimento social, num ambiente humano e seguro.
- Ter acesso a serviços sociais e jurídicos que lhe assegurem melhores níveis de autonomia, protecção e assistência.
- Desfrutar os direitos e liberdades fundamentais, quando residente em instituições que lhe proporcionem os cuidados necessários, respeitando-o na sua dignidade, crença e intimidade. Deve desfrutar ainda do direito de tomar decisões quanto à assistência prestada pela instituição e à qualidade da sua vida.


Auto-realização:
-
Aproveitar as oportunidades para o total desenvolvimento das suas potencialidades.
- Ter acesso aos recursos educacionais, culturais, espirituais e de lazer da sociedade.

Dignidade:
- Poder viver com dignidade e segurança, sem ser objecto de exploração e maus-tratos físicos e/ou mentais.
- Ser tratado com justiça, independentemente da idade, sexo, raça, etnia, deficiências, condições económicas ou outros factores

Gestão do Conhecimento

Gestão do Conhecimento é uma área no processo de construção do conhecimento sobre as organizações e práticas organizacionais emergentes.
Poderíamos mesmo situar a problemática da “gestão” do conhecimento nas primeiras civilizações. De facto, as civilizações mais antigas sempre fizeram grandes esforços para preservar o conhecimento ganho através de experiências e reflexões ao longo do tempo.
Esta necessidade de captação, armazenamento e distribuição de conhecimento conduziu ao desenvolvimento de novas tecnologias.
Cada novo avanço nas tecnologias de comunicação e aprendizagem aumentava a possibilidade de captação e distribuição de conhecimento e, em cada caso, demorava algum tempo a compreender as suas potencialidades e quais os requisitos de utilização.
Gestão do Conhecimento é uma área no processo de construção do conhecimento sobre as organizações e práticas organizacionais emergentes.
Poderíamos mesmo situar a problemática da “gestão” do conhecimento nas primeiras civilizações. De facto, as civilizações mais antigas sempre fizeram grandes esforços para preservar o conhecimento ganho através de experiências e reflexões ao longo do tempo.
Esta necessidade de captação, armazenamento e distribuição de conhecimento conduziu ao desenvolvimento de novas tecnologias.
Cada novo avanço nas tecnologias de comunicação e aprendizagem aumentava a possibilidade de captação e distribuição de conhecimento e, em cada caso, demorava algum tempo a compreender as suas potencialidades e quais os requisitos de utilização.
A gestão do conhecimento é uma prática emergente pelo que existem muitas interpretações do que significa este conceito e como tratar as questões sobre a utilização eficaz do seu potencial. Estes diferentes pontos de vista são influenciados pela experiência de trabalho de cada pessoa, assim como pela educação e formação profissional.


(A Gestão do conhecimento foi o tema que me foi atribuido na disciplina de Gestão de Recursos Humanos para a realização de um trabalho, e eu decidi publicar este pequeno texto que retirei do meu trabalho, pois encontra-se pouca informação sobre a Gestão do Conhecimento.)

Psicogerontologia

É a ciência que procura descrever, explicar, compreender, e eventualmente intervir e modificar o comportamento da pessoa idosa, usando métodos científicos próprios da psicologia, como a observação, a análise de casos, os questionários, os métodos terapêuticos, etc. A psicogerontologia lida particularmente com o processo do envelhecimento (que, no fundo, inicia logo com o nascimento, mas que se refere sobretudo à fase de maturescência idade que percede, imediatamente a velhice propriamente dita, que não se limita à idade cronológica, mas também à idade biológica (estado do organismo ou da saúde), à idade mental (capacidades cognitivo-afectivas), podendo ainda falar-se de idade funcional (capacidade de adaptação física e psiquica ao ambiente através dos meios disponíveis).

(Barros, 2005).

Osteoporose

A osteoporose é uma diminuição progressiva da massa óssea, que faz com que os ossos se tornem mais frágeis e propensos às fracturas.
Os minerais como o cálcio e o fósforo dão solidez e densidade aos ossos.
O organismo requer um fornecimento adequado de cálcio e de outros minerais para manter a densidade dos ossos. Deve, além disso, produzir as quantidades convenientes de hormonas como a paratiróidea, a do crescimento, a calcitonina, os estrogénios nas mulheres e a testosterona nos homens.
Também precisa de um fornecimento adequado de vitamina D para absorver o cálcio dos alimentos e incorporá-lo nos ossos. Estes aumentam a sua densidade até atingir o seu valor máximo por volta dos 30 anos de idade. A partir de então, a densidade diminui lentamente.
Quando o organismo não é capaz de regular o conteúdo mineral dos ossos, estes perdem densidade e tornam-se mais frágeis, provocando osteoporose.

Tipos de osteoporose

Existem diversos tipos de osteoporose.
A causa da osteoporose pós-menopáusica é a falta de estrogénio, a principal hormona feminina que ajuda a regular o fornecimento de cálcio aos ossos.
Em geral, os sintomas aparecem em mulheres dos 51 aos 75 anos de idade; não obstante, podem começar antes ou depois dessas idades. Nem todas as mulheres têm o mesmo risco de desenvolver uma osteoporose pós-menopáusica (as mulheres das etnias branca e oriental são mais propensas a esta doença que as mulheres de etnia negra).
A osteoporose senil é o resultado de uma deficiência de cálcio relacionada com a idade e de um desequilíbrio entre a velocidade de degradação e de regeneração óssea.
«Senil» significa que se manifesta em pessoas de idade avançada. Afecta, em geral, pessoas com mais de 70 anos e é duas vezes mais frequente nas mulheres que nos homens. As mulheres, com frequência, sofrem de ambas as formas de osteoporose, a senil e a pós-menopáusica.
Menos de 5 % das pessoas que padecem de osteoporose sofrem de uma osteoporose secundária (induzida por outras perturbações de saúde ou por medicamentos). Na sequência de certas doenças, como a insuficiência renal crónica e certas perturbações hormonais (especialmente da tiróide, das paratiróides ou das supra-renais) ou da administração de alguns medicamentos, como corticosteróides, barbitúricos, anti-convulsivantes e quantidades excessivas de hormona tiroideia. O consumo excessivo de álcool e de tabaco agrava a afecção.
A osteoporose juvenil idiopática é uma doença pouco frequente, de causa desconhecida. Aparece em crianças e adultos jovens, sem perturbações hormonais nem carências de vitaminas, e que não apresentam qualquer razão óbvia para ter ossos débeis.

Sintomas

A osteoporose não produz sintomas num primeiro momento devido à lenta diminuição da densidade óssea, especialmente entre os afectados pela osteoporose senil.
Outras pessoas nunca têm sintomas. Aparecem dor e deformações quando a redução da densidade óssea é tão importante que os ossos se esmagam ou fracturam. A dor crónica de costas pode aparecer devido ao esmagamento das vértebras (fracturas por esmagamento vertebral). As vértebras debilitadas podem partir-se de forma espontânea ou em consequência de uma pequena pancada. Em geral, a dor começa de maneira súbita, localiza-se numa zona determinada das costas e piora quando se está de pé ou ao andar. Pode aparecer dor ao tacto e, habitualmente, a dor desaparece de forma gradual ao fim de umas semanas ou meses. No caso de haver fractura de várias vértebras, pode produzir-se uma curvatura anormal da coluna vertebral (corcunda), causando distensão muscular e dor.
Podem-se fracturar outros ossos, com frequência por causa de uma sobrecarga leve ou de uma queda, sendo a fractura da anca uma das mais graves e uma das principais causas de invalidez e perda de autonomia em pessoas de idade avançada. Também é frequente a fractura de um dos ossos do braço (o rádio) no ponto de articulação com o punho (fractura de Colles). Além disso, as fracturas tendem a curar-se lentamente em indivíduos que sofrem de osteoporose.

Diagnóstico

Em caso de fractura, o diagnóstico de osteoporose baseia-se numa combinação de sintomas, exame físico e radiografias dos ossos; podem ser precisos exames complementares para afastar doenças curáveis que possam provocar osteoporose.
A osteoporose pode ser diagnosticada antes que se verifique uma fractura por meio de exames que medem a densidade dos ossos. O mais preciso destes exames é a absorciometria de raios X de energia dupla (densitometria óssea). Este exame é indolor, não apresenta qualquer risco e tem uma duração de 5 a 15 minutos.
É útil para as mulheres com elevado risco de osteoporose e para aquelas em quem o diagnóstico é incerto, ou para avaliar com precisão os resultados do tratamento.

Prevenção e tratamento

A prevenção da osteoporose é mais eficaz que o seu tratamento e consiste em manter ou aumentar a densidade óssea por meio do consumo de uma quantidade adequada de cálcio, da prática de exercícios nos quais se deve suportar o peso corporal e, em alguns casos, da administração de medicamentos.
O consumo de uma quantidade adequada de cálcio é eficaz, sobretudo antes de se atingir a máxima densidade óssea (por volta dos 30 anos), mas também depois dessa idade. Beber dois copos de leite por dia (alimento rico em cálcio) e tomar um suplemento de vitamina D ajuda a aumentar a densidade óssea em mulheres saudáveis de meia-idade que não receberam a quantidade suficiente destes nutrientes. Contudo, a maioria das mulheres precisa de tomar comprimidos de cálcio. Existem muitos preparados diferentes; alguns incluem vitamina D suplementar. Recomenda-se tomar cerca de 1,5 g de cálcio por dia.
Os exercícios que implicam suportar o peso corporal, como andar e subir escadas, aumentam a densidade óssea. Pelo contrário, os exercícios como a natação, em que não se suporta o próprio peso, não parecem aumentar a densidade.
Os estrogénios ajudam a manter a densidade óssea nas mulheres e costumam administrar-se juntamente com progesterona.
A terapia de substituição de estrogénios é mais eficaz se começar dentro dos primeiros 4 a 6 anos depois da menopausa; contudo, pode atrasar a perda óssea e reduzir o risco de fracturas mesmo que se inicie mais tarde. As decisões acerca do uso da terapêutica de substituição de estrogénios depois da menopausa são complexas, dado que o tratamento pode implicar riscos e efeitos secundários. (Ver secção 22, capítulo 233) Há um novo medicamento semelhante aos estrogénios (raloxifeno), que, apesar de poder ser menos eficaz que os estrogénios para prevenir a perda óssea, carece dos efeitos secundários característicos destes sobre as mamas e o útero.
Em contrapartida, os bifosfonatos, como o alendronato (veja-se mais adiante), podem ser administrados sós ou em combinação com a terapia de substituição hormonal para prevenir a osteoporose.
O objectivo do tratamento consiste em aumentar a densidade óssea. Todas as mulheres, sobretudo as que sofrem de osteoporose, deveriam tomar suplementos de cálcio e vitamina D.
As mulheres pós-menopáusicas que apresentam formas mais graves de osteoporose podem também tomar estrogénios (em geral, combinados com progesterona) ou alendronato, que podem atrasar e inclusive deter a progressão da doença.
Os bifosfonatos também são úteis no tratamento da osteoporose. O alendronato reduz a velocidade de reabsorção óssea nas mulheres pós-menopáusicas, aumentando a massa óssea na coluna vertebral e nas ancas, e reduzindo a incidência de fracturas. Não obstante, para assegurar a correcta absorção do alendronato, este deve ser tomado imediatamente depois do despertar juntamente com um copo de água e não se deve ingerir comida ou bebida durante os 30 minutos seguintes.
Considerando que o alendronato irrita o revestimento do tracto gastrointestinal superior, a pessoa não deve deitar-se pelo menos durante os 30 minutos seguintes à ingestão da dose e até ingerir algum alimento. As pessoas que têm dificuldade de deglutição ou certas perturbações do esófago ou do estômago, não devem tomar este medicamento.
Algumas autoridades de saúde recomendam calcitonina, particularmente a pessoas que sofrem de fracturas dolorosas das vértebras. Este medicamento pode ser administrado por meio de injecções ou sob forma de pulverizador nasal.
Embora os suplementos de fluoretos possam aumentar a densidade óssea, o osso resultante poderá ser anormal e frágil, pelo que a sua administração não é recomendada. Estão a ser investigadas novas formas de fluoreto, que não produzam reacções adversas sobre a qualidade dos ossos.
Administram-se suplementos de vitamina D e cálcio aos homens que sofrem de osteoporose, especialmente quando os exames mostram que o seu organismo não absorve as quantidades de cálcio adequadas. Os estrogénios não são eficazes nos homens, mas a testosterona é-o, no caso de o valor desta se manter baixo.
Devem tratar-se as fracturas que aparecem como resultado da osteoporose. Em geral, no caso das fracturas da anca, substitui-se toda a anca ou uma parte dela. Um pulso fracturado é engessado ou corrigido cirurgicamente. Quando as vértebras se partem e causam uma dor de costas intensa, usam-se coletes ortopédicos, analgésicos e fisioterapia; contudo, a dor persiste durante muito tempo.

(Manual Merck, podem consultar em: http://www.manualmerck.net/ )

São Pedro do Sul - Termas





O termalismo é uma prática cientificamente comprovada que traz benefícios à saúde, não só prevenindo doenças, como agindo sobre elas e diminuindo os seus sintomas. Os tratamentos termais produzem efeitos imediatos visíveis e, mais importante ainda, produzem efeitos a médio prazo. Daí que seja normal que, pelo menos uma vez por ano, as pessoas se desloquem às estâncias termais.
As termas de São Pedro do Sul é um lugar que aconselho vivamente a visitarem, gostei imenso de ter participado na visita de estudo às Termas de São Pedro do Sul, no âmbito da disciplina de Dor, Sofrimento e Situações Clínicas na Velhíce, proposta pelos docentes: Doutor Reis Morais e Doutora Cláudia Morais.

Dor no Idoso





Descrição da Dor
É a descrição que o doente faz da sua dor, deve ser inspirada por uma série de perguntas sobre as características PEQIGT.
P – Factores Paliativos ; O que faz para melhorar a dor?
E – Factores exacerbantes; O que é que faz para piorar a dor?
Q – Qualidade; Descreva exactamente a dor?
I – Irradiação; A dor irradia para outros pontos?
G – Gravidade; É muito intensa?
T – Factores Temporais; A dor é permanente ou aparece e desaparece?

Controlo da Dor
O controlo da dor compreende as intervenções destinadas à sua prevenção e tratamento. Sempre que se preveja a ocorrência de dor ou a avaliação evidencie a sua presença, o gerontólogo tem o dever de agir na promoção de cuidados que a eliminem ou reduzam para níveis considerados aceitáveis pela pessoa.
Assim recomenda-se:
•Colaborar com os restantes elementos da equipa multidisciplinar no estabelecimento de um plano de intervenção para o controlo da dor, coerente com os objectivos da pessoa;
•Contribuir com dados relevantes sobre a individualidade da pessoa para a selecção mais adequada dos analgésicos e das vias de administração;
•Envolvera pessoa/ cuidador principal/ família/ na definição e reajustamento do plano terapêutico;
•Ajustar o plano terapêutico de acordo com os resultados da reavaliação e com os recursos disponíveis;
•Conhecer as indicações, as contra-indicações e os efeitos colaterais dos fármacos utilizados no controlo da dor e as interacções medicamentosas;
•Prevenir e controlar os efeitos colaterais mais frequentes da terapêutica analgésica;
•Vigiar a segurança da terapêutica analgésica;
•Prevenir e tratar a dor decorrente de intervenções de Gerontologia e de procedimentos diagnósticos ou terapêuticos;
•Conhecer as indicações, as contra-indicações e os efeitos colaterais não farmacológicas;
•Seleccionar as intervenções não farmacológicas considerando as preferências da pessoa, os objectivos do tratamento e a evidência científica disponível.

Ensino à pessoa/ cuidador principal/ família, por parte do Gerontólogo:
O envolvimento da pessoa no controlo da dor respeita o princípio ético da autonomia.
Assim recomenda-se:
•Ensinar acerca da dor e das medidas de controlo;
•Instruir e treinar para o auto-controlo na utilização de estratégias farmacológicas e não farmacológicas;
•Ensinar acerca dos efeitos colaterais da terapêutica analgésica;
•Instruir sobre as medidas de controlo dos efeitos colaterais dos opióides;
•Ensinar sobre os mitos que dificultam o controlo da dor;
•Instruir sobre a necessidade de alertar precocemente os profissionais de saúde para o agravamento da dor, as mudanças no seu padrão, novas fontes e tipos de dor e efeitos colaterais da terapêutica analgésica;
•Fornecer informação escrita que reforce o ensino.

A dor como 5º Sinal Vital no Idoso
Coincidindo com o Dia Nacional da luta conta a dor, a Direcção Geral de Saúde, publicou no dia 14 de Junho de 2003, uma circular normativa que institui a “Dor como 5º Sinal Vital”.
A equiparação da Dor a 5º Sinal Vital significa que se considera como boa prática clínica, em todos os serviços prestadores de cuidados de saúde, avaliação e registo regular da intensidade da Dor, à semelhança ao que acontece com os outros 4 Sinais Vitais:

•Frequência Respiratória;
•Frequência Cardíaca;
•Tensão Arterial;
•Temperatura Corporal;
•Intensidade da Dor.

A obrigatoriedade da avaliação e registo da Dor muitas vezes subestimada, negligenciada por pacientes e Profissionais de Saúde.

Torna-a visível sendo impossível ignora-la.
Obriga a traçar estratégias terapêuticas para combate-la.
O que:

•Melhora a qualidade de vida dos doentes;
•Reduz a morbilidade;
•É um dever ético dos Profissionais de Saúde;
•É um direito dos doentes.

A Dor no Idoso é um problema actual que tende a crescer com o envelhecimento da população.
A Dor no Idoso é muito frequente, estima-se que 50% dos idosos sofra de dor crónica e que esta percentagem atinja 80% dos idosos internados.
Dado que os idosos tem uma menos sensibilidade a estímulos dolorosos é provável que quando um idoso se queixa de dor a intensidade desta, seja, efectivamente muito alta.
Nós como Técnicos de Gerontologia temos de alterar a ideia de que se o idoso não se queixa, é porque não tem dor.

O idoso pode não se queixar por diversos motivos:
•Porque não quer incomodar;
•Porque está resignado.
A agravar o problema da
dor no idoso acrescem as dificuldades psicossociais inerentes à idade como a reforma, a perda de suporte familiar, o internamento em lar, etc.

É necessário implementar junto da população idosa o lema:
“Não sofra em silêncio”

A dor tem consequências mais graves no idoso dado que a sua reserva fisiológica é já menos, e a sua capacidade de compensação perante o stress causado pela dor é mais limitada.

A resposta fisiológica à agressão dolorosa não tratada expeditamente pode conduzir:
•À falência cardiocirculatória;
•Ao desequilíbrio metabólico;
•A descompensação ventilatória;
•Á falência renal.

Daí que o tratamento da dor no idosos requer conhecimentos especializados.


(Apontamentos fornecidos nas aulas de Dor, Sofrimento e Situações Clínicas na Velhice, pela Professora Cláudia Morais do CET de Gerontologia).

domingo, 31 de outubro de 2010
















Participação do Curso Técnico de Gerontologia neste grande evento - Expo Oportunidades, no pavilhão multiusos de Viseu.
Realizamos e organizamos actividades físicas com um grupo de idosos de Bassar-Viseu.
Foi um dia diferente e muito divertido !

quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Livros Interessantes:


A animação é um factor determinante na qualidade de vida dos mais velhos. Este livro actualiza as novas respostas sociais para os idosos, qual a função do animador (profissional ou voluntário) e novas técnicas para dinamizar um grupo de idosos.
Tem um custo de 13.63 Euros, aconselho todas as pessoas a comprar, é muito interessante.







No século XXI a prevenção em saúde, e muito em particular o zelar por uma melhor qualidade de vida em todas as idades, ganha cadea vez mais força. Este guia/livro pretende mostrar a importância de combater o sedentarismo, de melhorar os hábitos alimentares, aprender a cultivar passatempos, amizades e hobbies para assim melhorarmos a nossa vida emocional, social e intelectual.







Este livro tenta, desde a perspectiva psicológica, abranger diversas aborgadens do envelhecimento, previligiando o desenvolvimental.
Tem o custo de 14.64 Euros.









Os idosos de hoje não só são mais saudáveis, mas também mais instruidos e sê-lo-ão cada vez mais , no futuro... Mais saudáveis, mais longevas, mais instruidas, tais serão as novas gerações de idosos. Foi a pensar nesta noca clientela que este livro foi escrito.
Tem um custo de 14.13 Euros.









Animação Gerontologica -Foram dois dos livros recomendados pelo Professor Carlos Jorge Correia, embora em Espanhol são livros de bastante interessante e que aconselho vivamente a comprarem.
Animação Gerontológica - Na perspéctiva de Juan Saez Carreiras a Animação Gerontológica deverá:
- Animar a vida grupal, potenciar as relações interpessoais;
- Motivar, sensibilizar, organizar e mobilizar;
- Estabelecer os marcos referenciais para clarificar objectivos e programas;
- Ajudar a traduzir os objectivos em projectos e programas;
- Coordenar actividades e impulsionar a participação;
- Criar um bom clima de trabalho nos grupos;
- Oferecer os recursos metodológicos necessários;
- Promover a interacção com a comunidade;
- Fomentar a auto-crítica e auto - avaliação, tanto a nível interno como a nível comunitário.

Bibliografia: CARRERAS, Juan Saéz; Tercera Edad y Animación Sociocultural, Madrid: Editorial Dykinson, S.L.,1997




Como questionamos a nossa identidade no processo de envelhecimento?
É um livro que me despertou um enorme interesse e que penso que é muito importante para todos os Técnicos que trabalham na área da Gerontologia/Geriatria.
Tem um custo de 13.12 Euros.






quarta-feira, 20 de outubro de 2010

Envelhecimento

“Fase regressiva do ciclo vital humano, manifesta-se por alterações anatómicas e fisiologias. É um processo normal, inverso em certos pontos do deve ser confundido com senilidade, caracterizada por uma grande diminuição das funções corporais e principalmente mentais, que geralmente coincide com o envelhecimento” Dicionário Enciclopédico (1996)

Alison Storrs (1980) “ A velhice não é uma doença, mas uma alteração biológica retrógrada que leva à diminuição do poder de sobrevivência e de adaptação”.
Anatole France

"Nós já somos velhos no momento em que nascemos. O envelhecimento começa com o primeiro suspiro ou, pelo menos, com o primeiro grito vigoroso à nascença, como se nascer fosse começar a morrer”

Fratczack (1993): é um processo, um estádio definido de diferentes maneiras, dependendo do campo de pesquisa:
Biologicamente;
Socialmente;
Intelectualmente;
Funcionalmente;
Cronologicamente.

Envelhecimento encarado de diferentes maneiras:
Diminuição geral das capacidades;
Período de crescente vulnerabilidade e de cada vez maior dependência;
O ponto mais alto da sabedoria, bom senso e serenidade.

Causas do Envelhecimento Diferencial:
Caudas genéticas;
Ausência ou mau uso de uma função / aptidão durante o crescimento ou idade adulta;
Factores de risco;
Doenças intercorrentes que aceleram o envelhecimento (>60 anos)

Tipos de Envelhecimento:
Envelhecimento Primário;
Envelhecimento Secundário.

Apontamentos de Cuidados Paliativos, Doutora Magda Santos Guerra.

Referências Bibliográficas Interessantes:

Barra da Costa, José M. (2006), O Idoso e o Crime – Prevenção e Segurança. Lisboa.

Bell, Judith (2004) – Como Realizar Um Projecto de Investigação – Trajectos. Lisboa: GRADIVA

Charpentier, Gérard (2000), As Doenças e as suas Emoções. Lisboa: Instituto Piaget.

Duarte, Y. (2006). Indicadores de Fragilização na velhice para o estabelecimento de medidas preventivas. Acedido em 27, Dezembro, em:
http://www.sescsp.org.br/sesc/conferecias_new/subindex.cfm?Referencia=4554&ParamEnd=4

Figueiredo, Daniela (2007) – Cuidados Familiares ao Idoso Dependente. Lisboa: Climepsi.

Fonseca, A. (2005). Desenvolvimento humano e envelhecimento. Lisboa: Climepsi.

Fonseca, A. & Paúl, C. (2005). Envelhecer em Portugal. Lisboa: Climepsi.

Fontaine, Roger (2000). Psicologia do Envelhecimento. Lisboa: Climepsi.

Hinrichs, K. & Aleksandrowicz, P. (2008). Active Ageing and European Pension Sistemsfor active ageing .International Social Science Journal. 190: 585-599.

Lamela, D. (2008), título de powerpoint, comunicação apresentada em seminário de Investigação, Novembro, ESE, Viana do Castelo.

Menezes, Isabel (2007) – Intervenção Comunitária: Uma Perspectiva Psicológica. Porto: Livpsic – Legis

Paúl, Constança; Fonseca, António M. (2001). Psicossociologia da saúde. Edição. Lisboa: Climepsi.

Sharp & Dohme, Merck & Co., Inc. (2004). Manual Merck Geriatria. Editora OCEANO.

Viegas, Susana M. e Gomes, Catarina A. (2007). A Identidade na Velhice. Porto – AMBAR. Colecção Idade do Saber, nº7.

ZIMERMAN, Guite – Velhice, aspectos biopsicossociais. Porto Alegre: Artmed, 2000.

terça-feira, 28 de setembro de 2010

O que é a Gerontologia ?

Proposta por Metchnicoff em 1903 (Neri, 2008), a Gerontologia (do grego gero = envelhecimento + logia = estudo) é a ciência que estuda o processo de envelhecimento nas dimensões: biológica, psicológica e social. De acordo com Neri (2008), a Gerontologia trata-se de um “campo multi e interdisciplinar que visa à descrição e à explicação das mudanças típicas do processo de envelhecimento e de determinantes genético-biológicos, psicológicos e socioculturais” (p.95).

A Gerontologia é o campo de estudos que investiga as experiências de velhice e envelhecimento em diferentes contextos socioculturais e históricos, abrangendo aspectos do envelhecimento normal e patológico. Investiga o potencial de desenvolvimento humano associado ao curso de vida e ao processo de envelhecimento. Caracteriza-se como um campo de estudos multidisciplinar, recebendo contribuições metodológicas e conceituais da biologia, psicologia, ciências sociais e de disciplinas como a biodemografia, neuropsicologia, história, filosofia, direito, enfermagem, psicologia educacional, psicologia clínica e medicina (Neri, 2008).

Para Alkema e Alley (2006) a Gerontologia estuda os processos associados à idade, ao envelhecimento e à velhice, sendo uma área de convergência entre a biologia, sociologia e a psicologia do envelhecimento. O envelhecimento, nesse sentido, representa a dinâmica de passagem do tempo e a velhice inclui como a sociedade define as pessoas idosas. A biologia do envelhecimento estuda o impacto da passagem do tempo nos processos fisiológicos ao longo do curso de vida e na velhice. A psicologia do envelhecimento, por sua vez, se concentra nos aspectos cognitivos, afetivos e emocionais relacionados à idade e ao envelhecimento, com ênfase no processo de desenvolvimento humano. A sociologia baseia-se em períodos específicos do ciclo de vida e concentra-se nas circunstâncias sócio-culturais que afetam o envelhecimento e as pessoas idosas.

Texto baseia-se no capítulo produzido pela Profa Dra. Anita Liberalesso Neri.

MARCOS IMPORTANTES NA EVOLUÇÃO DA GERONTOLOGIA

O estudo da velhice e dos fatores associados ao envelhecimento cresce de forma sem precedentes após a 2ª Guerra Mundial, com o aumento das populações idosas e com o envelhecimento de pesquisadores que se interessavam em investigar as fases iniciais do curso de vida. No entanto, a velhice já era objeto de reflexão por filósofos e sociedades da idade antiga. Cícero (106-42 antes de Cristo), cidadão e filósofo grego, no manuscrito Senectude, levanta inúmeros dilemas sobre a velhice, abordando os estereótipos e a heterogeneidade dos anciãos em relação ao convívio social, a manutenção da capacidade física e mental. Para o filósofo, já idoso, a disciplina e as atitudes diante da vida eram conceitos importantes para se envelhecer bem. A velhice, nesse contexto, não remetia necessariamente a um quadro de decrepitude e senilidade. Mesmo com a redução das habilidades físicas e mentais ainda era possível se adaptar, continuar socialmente engajado e participar de contextos de aprendizagem (Birren e Schroots, 2001).

Ao longo da idade média e idade moderna a velhice é tratada por estudiosos que se propunham a descrever os processos associados às doenças, à anatomia, à fisiologia do organismo dos adultos idosos. O conhecimento acumulado nesse período reuniu suposições que embasaram pesquisas e estudos posteriores. A diminuição da eficiência dos processos fisiológicos, aliada à diminuição da capacidade de enfrentar estressores, foi amplamente descrita.

A teoria de Charles Darwin (1801-1882) sobre a evolução das espécies impactou o desenvolvimento de ciências como a biologia e a psicologia do desenvolvimento. Os princípios da teoria de Darwin compreendiam: progressividade da evolução das espécies, seletividade, criatividade, continuidade das mudanças e multidirecionalidade. Com base nesses princípios, psicólogos como Gesell, Bühler, Freud, Jung e Piaget desenvolveram teorias que organizavam o desenvolvimento humano em estágios, nas quais a velhice não estava incluída . Essas teorias se fundavam nas seguintes premissas:

1) sequencialidade das transformações; 2) unidirecionalidade; 3) orientação à meta; 4) irreversibilidade; 5) característica estrutural-qualitativa das transformações; 6) unidirecionalidade dos processos de mudança.

Ao longo do século XX, o estudo de temas relacionados ao curso de vida, desenvolvimento e inteligência evoluiu de forma contínua e gradual. A partir de 1950, a teoria de ciclos de vida proposta por Erik Erikson forneceu as bases para teorias que versavam sobre o desenvolvimento ao longo do curso de vida (life-span). Dedicava-se a estudar a meia-idade e a velhice, com ênfase nas boas condições associadas a essas etapas e ao potencial de desenvolvimento inerente ao final da vida. Paralelamente, as ciências sociais e psicológicas passam a considerar que o desenvolvimento é influenciado por trajetórias evolutivas socialmente construídas.

O modelo deficitário de desenvolvimento mental na vida adulta e velhice, que versava sobre a aparente “involução” das capacidades intelectuais em adultos de meia-idade e idosos (período da 1ª Guerra Mundial), passa a ser substituído por teorias que consideram as mudanças sócio-históricas e as influências culturais sobre o desenvolvimento. Muitos dados importantes foram gerados pelo estudo longitudinal conduzido por K.W. Schaie a partir de 1955, em Seattle – Estados Unidos. Schaie e colaboradores observaram que adultos e idosos expostos a condições sociais e educacionais favoráveis em fases anteriores da vida apresentavam melhor desempenho intelectual ao longo do curso de vida.

Nas décadas de 1980 e 1990, com o avanço da Gerontologia e dos estudos, novas linhas de investigação foram conduzidas. A Gerontologia passa a se interessar por temas como: plasticidade (capacidade de mudança em face da experiência e uso); adaptação, seleção e otimização de recursos e habilidades (referenciados pela teoria de Paul Baltes e Margret Baltes); sabedoria; dependência aprendida (referenciada em Margret Baltes); seletividade emocional (Laura Carstensen); hormesis (estressores de pouco impacto que beneficiam o organismo e o preparam a enfrentar estressores de maior impacto); e modelos teóricos para mensurar a velhice bem-sucedida (referenciados pela pesquisa conduzida por Rowe e Kahn) e a velhice acompanhada por incapacidades e fragilidade (como Linda Fried e colaboradores).




A GERONTOLOGIA FRENTE OS DESAFIOS DO ENVELHECIMENTO


O aumento da expectativa de vida ou a esperança de vida ao nascer, a diminuição da natalidade e o acelerado processo de envelhecimento da população brasileira têm preocupado cada vez mais cientistas, intelectuais e formuladores de políticas públicas. Estima-se que em 2050 um quarto da população mundial será composta por idosos, o que equivalerá a 2 bilhões de habitantes. Ao contrário dos países desenvolvidos, o aumento da população idosa nos países em desenvolvimento como o Brasil é acompanhado por necessidades sociais e de saúde como: analfabetismo, pobreza, elevada projeção de doenças crônicas, pouco acesso aos serviços sociais e de saúde, número insuficiente de programas para a população idosa, e ausência de políticas voltadas para a prevenção e promoção de saúde que considere o curso de vida.

O desafio da Gerontologia como um campo de estudos e de atuação profissional concentra-se em garantir que a velhice e o processo de envelhecimento sejam processos orientados e bem-assistidos. Torna-se imprescindível que o aumento da expectativa de vida seja acompanhado por ganhos na qualidade de vida, satisfação e bem-estar.


REFERÊNCIAS

ALKEMA, G.E.; ALLEY, D.E. Gerontology´s Future: An integrative model for disciplinary advancement. The Gerontologist, v. 46, n.5, p. 574-582, 2006.

BIRREN, J.E.; SCHROOTS, J.J. The History of Geropsychology. In: BIRREN, J.E.; SCHAIE, K.W. (eds) Handbook of the Psychology of Aging. San Diego, CA: Academic Press, 2001, cap.01, p. 01-15.

GOMES, C. B. USP Leste a expansão da universidade: do oeste para o leste. São Paulo: Edusp, 2005.

LOPES, A. A Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia e os desafios da Gerontologia no Brasil. Dissertação de Mestrado. 2000. Faculdade de Educação, Universidade Estadual de Campinas.

NERI, A.L. Palavras-chave em Gerontologia. 3ª ed. Campinas: Alínea, 2008.



http://pt.wikipedia.org/wiki/Gerontologia

Definição de Animação Sociocultural

"A Animação Sócio-Cultural é um conjunto de práticas sociais que têm como finalidade estimular a iniciativa, bem como a participação das comunidades no processo do seu próprio desenvolvimento e na dinâmica global da vida sócio-política em que estão integrados." (UNESCO)

Fases 3 e 4 da Elaboraçao de um Projecto de Animação

Para se ser bom animador, não é suficiente só se ter boas intenções. É necessário ter capacidades, conhecimentos, métodos, técnicas, procedimentos de acção, etc. para agir eficazmente numa acção social. Tudo em prol da transferência de tecnologias sociais, que permitam atribuir capacidades para a animação.
Após o reconhecimento dos grupos envolvidos, será atribuída uma “abertura” a cursos, seminários, como base para a organização de actividades de animação, como também, programas de formação que irão ao encontro de um grupo restrito que esteja motivado e interessado nesse sentido.
A animação sociocultural pressupõe, essencialmente, a capacidade dos sujeitos envolvidos, logo, o conhecimento de técnicas instrumentais e a compreensão da realidade. Este domínio de técnicas instrumentais é fulcral para uma actividade sociocultural autónoma, de acordo com as necessidades vigentes. No seu conjunto são cerca de seis técnicas, são elas: técnicas de trabalho com grupos, de comunicação social, de comunicação oral, de estudo e conhecimento da realidade, de programas de actividades, de organização e administração.
É de sublinhar que, apesar da importância das técnicas, para que um animador possa animar, é indispensável um conhecimento profundo das ciências humanas, do seio cultural e uma certa sensibilidade de captação à realidade envolvente
Em suma, um bom animador deve conhecer a sociedade e realidade em que vive, pois assim, saberá interpretar essa mesma sociedade para alcançar a sua liberdade. Portanto, quem não sabe é como quem não vê, ou seja, vive cego pela ignorância, face aos problemas existentes na comunidade.

Antes de mais é necessário ter em conta que não é possível sensibilizar, motivar, consciencializar ou mobilizar, sem que primeiro se passe para a prática, para a acção. Todos os animadores socioculturais devem ter em atenção que são estes momento que devem conduzir a realização das actividades, e que um princípio básico da animação é que se “aprende fazendo”.
Assim, quando se leva a cabo a tarefa de promover, organizar e desenrolar actividades socioculturais, há que ter em atenção quatro aspectos básicos:

•Deve-se partir de problemas e situações nas quais as pessoas se encontram, ou seja, é necessário ter um contacto directo com a realidade em que se trabalha.

•É necessário articular estes programas de animação com organizações de base, com o objectivo de fazer com que as propostas que se fazem tenham em conta particularmente os interesses e o ponto de vista das mesmas.

•Não se deve propor nunca programas já formulados, ou programas standard. As actividades de suporte a um programa são muito variadas. Para cada realidade, para cada circunstância e para cada grupo em concreto é necessário elaborar propostas específicas.

•É necessário também ter em conta a multiplicidades de iniciativas e de instituições que promovem e realizam actividades nos âmbitos sociais, culturais e educativos.

Referências Bibliograficas:
Ander-Egg, (2000). Tareas iniciales para llevar a cabo un programa, proyecto o actividades de animación. In Ander-Egg. Metodologia y Práctica de la Animación Sociocultural. Madrid: Editorial CCS. 296-308

sexta-feira, 17 de setembro de 2010

ANASC

A ANASC, Associação Nacional de Animadores Socioculturais foi fundada em Janeiro de 1996 em Vila Real, Trás-os-Montes, no seguimento de um primeiro congresso sobre Animação Sociocultural realizado em 1995 naquela cidade.

Tendo como objectivos estatutários "promover a reflexão sobre a formação de Animadores Socioculturais ou Animadores Culturais (...). Contribuir para a definição da carreira e do Estatuto dos Animadores Socioculturais. Organizar encontros, colóquios, conferências, seminários e congressos. Promover a formação de Animadores Culturais e Socioculturais. Organizar grupos de trabalho para a investigação, estudo e análise das questões da Animação e dos Animadores. Promover o intercâmbio e cooperação com Associações e Organismos nacionais e estrangeiros similares. Edição e divulgação de jornais, revistas e livros sobre Animação e Animadores."

Neste sentido, foram já realizados seis congressos (Vila Real - 1995, Vila Real - 1996, Viana do Castelo - 1997, Viseu – 1998, Coimbra – 1999 e Espinho - 2001), nos quais participaram diversos especialistas nacionais e estrangeiros, transformando estes acontecimentos em importantes centros de discussão e de reflexão sobre a problemática da Animação Sociocultural e dos Animadores Socioculturais.

Dando continuidade aos objectivos da Associação e a uma antiga aspiração dos Animadores Socioculturais, após o Congresso realizado em Viseu, foi desenvolvido um processo de elaboração do Estatuto e da Carreira do Animador Sociocultural, baseado na constituição de um grupo de trabalho com animadores oriundos de diversas regiões do País e com experiências muito diferentes. Durante um ano este grupo de trabalho foi construindo os documentos que em Novembro de 1999 foram aprovados na Assembleia Geral da ANASC em Coimbra e ratificados pelo Congresso reunido nessa mesma cidade. Nasceu assim o primeiro Estatuto do Animador Sociocultural em Portugal depois de muitos anos de discussão.

A institucionalização do Estatuto aprovado tem sido uma das preocupações das várias direcções da ANASC, sem que até ao momento tenha sido possível concretizar esse objectivo.

Para além dos congressos realizados a ANASC promoveu em 2002 um seminário com o tema “Animação Sociocultural e Participação”, em Palmela, que contou com a participação de oradores nacionais e estrangeiros.

A ANASC tem, igualmente, editados diversas publicações sobre Animação Sociocultural.

Em 2004 realizou-se o VII Congresso de Animação Sociocultural que decorreu em Setúbal nos dias 4, 5 e 6 de Março.


(http://anasc.no.sapo.pt/)

O perfil e Competâncias do Animador Sociocultural

A figura do animador desempenha um papel central no método da animação. É ele quem assume a responsabilidade de promover a vida do grupo através do uso dos instrumentos que dinamizam as pessoas envolvidas por este método.
Para que desempenhe eficazmente as suas funções, existem três áreas fundamentais que o animador deve ter em conta: o ser, o saber e o saber-fazer.
- O ser, é constituído pela sua identidade pessoal
- O saber, refere-se aos conhecimentos que deve possuir para desempenhar convenientemente a sua tarefa formativa. Além disso, um animador, conforme a área específica do seu desempenho, terá uma formação consoante o seu sector, o contexto e o conteúdo respectivos.
- O saber-fazer, reporta-se à metodologia que usa para dar vida ao grupo que anima, a qual é sempre o reflexo do seu ser e do seu saber.

Ao animador, compete dar tempo e espaço para que a vida desabroche nos animandos. Através das suas atitudes, o animador promove o protagonismo, a liberdade, a responsabilidade e o crescimento do destinatário.


(In Jacinto Jardim- "O ´Método da Animação")


Gostei bastante deste pequeno excerto pois explica muito o perfil do Animador Sociocultural, ele refere factos muito importantes como: o ser, o saber e o saber-fazer.Para ajudar alguém devemos ter uma noção consciente daquilo que somos ou quem somos, só assim poderemos ajudar alguém e utilizar as metodologias para um melhor aproveitamento. A formação dos Animadores Socioculturais é fundamental para um bom desempenho na sua função.

Qual o papel e função do animador sociocultural?
O papel do animador consiste em desenvolver a auto estima a confiança e a personalidade dos participantes, fazendo com que estes tomem a iniciativa de levar a cabo actividades sociais, culturais, educativa, criar um dinamismo comunitário que reforce o conjunto social e as redes sociais e ainda para despertar o interesse dos participantes por uma formação persistente.

As suas funções consistem em organizar, coordenar, desenvolver, actividades de animação e desenvolvimentos de grupos e comunidades através de programação de um conjunto de actividades a nível educativo, cultural, desportivo e social, bem como promover, encorajar, animar, despertar ansiedades que afoitam a acção, germinam potencialidades latentes a todos os indivíduos, grupos sociais e comunidades.

Qual o perfil de competências necessárias para se ser animador Sociocultural?
As competências são as seguintes:

Saberes
Noções de:
» Politica social
» Gerontologia
» Tecnologias de informação
Conhecimentos de:
» Expressão corporal, dramática, musical e plástica
» Psicopatologia da adolescência e da juventude
» Educação física, desporto e equipamentos desportivos
Conhecimentos aprofundados de:
» Técnicas de animação
» Intervenção comunitária
» Animação e Intervenção social
» Artes e actividades recreativas
» Psicologia
» Sociologia
» Psicossociologia

Saberes-Fazer
1. Ler e interpretar diagnósticos sociais da comunidade e relatórios psicológicos e sociais clientes/utilizadores, ou programas de animação identificando as principais áreas de intervenção.
2. Utilizar técnicas de observação, entrevistas e questionários.
3. Identificar e seleccionar as técnicas e práticas de animação tendo em conta o tipo de programas de animação, e características dos clientes/utilizadores, dos grupos e das comunidades e os objectivos que pretende atingir.
4. Identificar os recursos necessários para a concretização de projectos de intervenção sócio-comunitária e de animação.
5. Identificar as necessidades e as motivações individuais e do grupo.
6. Incentivar os clientes/utilizadores a organizarem a sua vida no seu meio envolvente e a integrar-se na sociedade, participando activamente, construindo o seu projecto de vida e demonstrando através da realização de diversas actividades quais as capacidades e competências de cada um.
7. Sensibilizar e envolver a comunidade no acompanhamento deste tipo de grupos, de forma a fomentar a sua integração.
8. Envolver as famílias nas actividades desenvolvidas, fomentando a sua participação.
9. Despistar situações de risco, encaminhando-o para as equipas técnicas especializadas.
10. Seleccionar, organizar, sistematizar e manter actualizada informação relativa às actividades desenvolvidas.

Saberes Ser
1. Trabalhar em equipas multidisciplinares.
2. Adaptar-se às diferenças individuais, situacionais e socioculturais e a ambientes diversos.
3. Comunicar de forma clara, precisa, persuasiva e assertiva.
4. Estabelecer relações interpessoais empáticas.
5. Demonstrar autonomia e criatividade na resolução das actividades.
6. Motivar e valorizar os clientes/utilizadores.
7. Demonstrar estabilidade emocional e auto-controlo.
8. Gerir conflitos.
9. Demonstrar segurança e confiança.
10. Demonstrar capacidade de observação.
11. Demonstrar persistência na sua actividade profissional.
12. Demonstrar compreensão e sensibilidade.
13. Lidar com situações de insucesso e dar valor aos pequenos progressos.
14. Adaptar-se a situações imprevistas.
15. Estabelecer relações de cooperação dentro de equipas multidisciplinares.
16. Agir em conformidade com as normas de higiene e segurança no trabalho.


Onde pode trabalhar um Animador sociocultural?
Dado que Educar é Animar e Animar é Educar, torna-se imprescindível a existência de uma relação indissociável.

Tanto no trabalho social como na prática educativa, tem-se recorrido à Animação como motivação, podendo desenvolver actividades de animação e socioculturais (de carácter educativo, social, cultural, ocupacional, lúdico e recreativo) dirigidas a indivíduos, instituições, grupos e comunidades.

O Animador Sociocultural pode desenvolver projectos de animação sociocultural em diversas áreas: cultural, social, educativa, ambiental, artístico-cultural, entre outras.

Eis alguns exemplos:
* Associações e Centros Culturais, Recreativos e Desportivos;
* Autarquias locais;
* Bibliotecas, Ludotecas e Fonotecas;
* Museus, Instituições de Gestão do Património e de Gestão Ambiental;
* Casas e Centros da Juventude;
* Equipamentos Sociais de Apoio a Idosos;
* Centros de Apoio a Deficientes;
* Instituições de Apoio à Infância;
* Empresas dedicadas à Animação de Festas ou de Ambientes Públicos;
* Ateliers de Ocupação de Tempos Livres;
* Hotéis;
* Monumentos;
* Galerias de Arte

Quais são os direitos e deveres do animador?
O animador sociocultural, tal como todos os trabalhadores de outras áreas, também tem direitos e deveres. Estes são:

Direitos
> Direito de participação;
> Direito à formação e informação para o exercício da sua função;
> Direito ao apoio técnico, material e documental;
> Direito à segurança na actividade profissional;
> Direito à negociação colectiva.

Deveres
> Contribuir para a formação e realização integral dos indivíduos, promovendo o desenvolvimento das suas capacidades, estimulando a sua autonomia e criatividade, incentivando a formação de cidadãos civicamente responsáveis e democraticamente intervenientes na vida da comunidade;
> Reconhecer e respeitar as diferenças socioculturais dos membros da comunidade, valorizando os diferentes saberes e culturas, combatendo processos de exclusão e discriminação, promovendo a interculturalidade;
> Colaborar com todos os intervenientes da animação sociocultural, favorecendo a criação e o desenvolvimento de relações de respeito mútuo;
> Participar na organização e assegurar a realização das actividades de animação sociocultural;
> Sigilo profissional, respeitando a natureza confidencial da informação relativa aos cidadãos;
> Reflectir sobre o trabalho realizado individual e colectivamente;
> Enriquecer e partilhar os recursos da animação sociocultural, bem como utilizar novos meios que lhe sejam propostos numa perspectiva de abertura à inovação e de reforço da qualidade da animação sociocultural;
> Co-responsabilizar-se pela preservação e uso adequado das instalações e equipamentos que utilize;
> Actualizar e aperfeiçoar os seus conhecimentos, capacidades e competências, numa perspectiva de desenvolvimento pessoal e profissional;
> Cooperar com os restantes intervenientes na animação sociocultural com vista à implementação de projectos e animação;
> Promover as relações internacionais e a aproximação entre povos.

(Joana Barbosa)

A Institucionalização do Idoso

Nos últimos anos tem-se verificado um aumento progressivo de idosos na nossa sociedade. De forma gradual, mas principalmente a partir dos anos 50 e 60, foram-se criadas, quer pelo estado quer pela sociedade, algumas respostas e equipamentos destinados aos mais velhos, com o objectivo de promover o seu bem estar, mas também bons cuidados de saúde.

Nos finais dos anos 60 surgiram as primeiras valências de Centros de Dia. No início dos anos 80 surgem com mais intensidade os Serviços de Apoio Domiciliário, que têm por objectivo prestar alguns serviços do centro de dia no domicílio do utente.

Muitos deles, nos dias de hoje, estão em instituições do Estado (IPSS) ou de âmbito privado (Casas de Repouso e Residências Geriátricas).

existem diversos motivos para recorrer à institucionalização, entre os quais: o idoso não ter condições para morar sozinho e não querer morar com a familia e esta não querer (ou não ter condições para) cuidar dele.

Entendemos por institucionalização o facto de os idosos passarem os dias inteiros numa instituição (integrando a valência de Lar) ou parte do seu dia (fazendo parte da valência de Apoio Domiciliário) que não a sua familia.

Esta "... é a forma mais cara de prestar cuidados de longa duração a pessoas idosas e a pessoas com deficiência. (...) Os custos da institucionalização podem chegar a ser sete vezes superiores aos dos cuidados ao domicílio" (Bach, Intintola e Alba, Holland, 1992, citado por Quintela).

A sua finalidade é permitir uma assistência melhor, companhia, um espaço de convivência maior do que teria supostamente em casa.

Por vezes os idosos vão por sua livre vontade para os Lares de idosos, Centros de dia ou Residências Geriatricas, mas alguns vão contra a sua vontade, ou com uma ideia diferente do local para onde vão.

As suas reacções à institucionalização são muito diferentes.

Deixo uma curta metragem alusiva a esta temática. De nome: "Fuera de lugar", contou com os actores Andrés Resino e Claudia Molina.



SHORTFILM/CORTOMETRAJE. "OUT OF PLACE"/"FUERA DE LUGAR" from Rosario F. Yubero on Vimeo.



A metragem está bastante explicita, alguma palavra que não entendam têm o tradutor ao vosso lado esquerdo.

quarta-feira, 8 de setembro de 2010

Mafalda Veiga - Vertigem



Gostei imenso deste video e decidi publicar aqui, esta música dá muito que pensar... experimentem ouvi-la com atenção e ver este fantástico video que retirei do youtube. Nada nos deve passar ao lado, devemos agir e intervir em muitas situações do nosso dia-a-dia.

(Joana Barbosa)

Poema do Idoso

Gerontologia

A Gerontologia é a ciência que estuda os idosos, a velhice e o envelhecimento, tendo como principais objectivos de estudo as modificações morfológicas, fisiológicas, psicológicas e sociais decorrentes do processo de envelhecimento, independentemente de qualquer fenómeno patológico.
O curso de Gerontologia pretende formar profissionais com competências que lhes permitirão intervir junto da população idosa numa perspectiva bio-psico-social. Assim, o Gerontólogo será o profissional responsável pela avaliação, intervenção e estudo científico do fenómeno do envelhecimento humano e prevenção dos problemas pessoais e sociais a ele associado. Também é o responsável pela promoção de um envelhecimento bem sucedido bem como pela administração e organização dos serviços de preservação de cuidados a idosos. Por isso, o Gerontólogo poderá exercer a sua prática profissional em contacto directo ou indirecto com a população idosa.


Saídas Profissionais

Lares de idosos;
Centros de dia;
Centros de convívio;
Serviços de apoio domiciliário;
Apoio domiciliário integrado;
Câmaras Municipais;
Centros de Segurança Social;
Universidades da Terceira Idade;
Centros de Saúde;
Empresas de Consultadoria Social;
Outras instituições de apoio directo ou indirecto à população idosa.


Competências do Gerontólogo:

Conhecer os processos normais de envelhecimento detectando atempadamente desvios de carácter patológico;

Gerir, administrar e organizar serviços de preservação do bem-estar das comunidades em envelhecimento.

Implementar programas de prevenção e promoção dos processos de desenvolvimento no idoso;

Avaliar problemas de envelhecimento, qualidade de vida e bem-estar nas populações idosas;

Participar de forma activa na avaliação multidisciplinar dos gerontes, supervisionando o cumprimento e a vigilância das prescrições clínica e ou terapêutica, com a finalidade de promover o suporte e a segurança para o bem-estar dos indivíduos;

Intervir na comunidade, junto dos idosos e prestadores de cuidados (formais e informais);

Acompanhar e/ou encaminhar os idosos em situações agudas, reabilitação e morte;

Participar em trabalhos de investigação clínica e de saúde pública com vista ao estabelecimento dos padrões de qualidade de vida das populações em envelhecimento;

Intervir ao nível da prevenção e promoção da saúde;

Intervir nas áreas da investigação científica, de gestão e de ensino, seja em iniciativas institucionais, seja em Projectos interinstitucionais.

quinta-feira, 29 de julho de 2010

Qual o significado da palavra ANIMAÇÃO

A palavra"ANIMAÇÃO" significa alma, dar vida.
Deriva da palavra latina "ânima" significa alma, sopro, vida.